Quando a Unção Vira Divisão
A distorção do batismo com o Espírito Santo e a dolorosa herança da discriminação espiritual nas igrejas
Introdução
A Igreja de Cristo, chamada a ser um corpo unido e harmonioso, frequentemente se vê dilacerada por conflitos internos que minam seu testemunho e enfraquecem sua missão. Um dos mais sutis e perigosos desses males é a discriminação espiritual. Embora a palavra pareça moderna, sua manifestação é tão antiga quanto a própria comunidade de fé, e já nos dias da Igreja Primitiva, em Corinto, o apóstolo Paulo precisou confrontá-la de forma incisiva.
A discriminação espiritual se manifesta quando certos membros da igreja são considerados "mais espirituais" que outros com base em suas experiências ou na manifestação de dons específicos. Essa hierarquia não bíblica cria uma dolorosa separação, exaltando alguns enquanto marginaliza ou exclui outros. Na comunidade coríntia, a exaltação de dons mais espetaculares, como o falar em línguas e a profecia, levava ao desprezo por aqueles que pareciam não possuir tais manifestações, como se a obra do Espírito Santo fosse uma competição de habilidades, e não a edificação mútua do corpo.
Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, aborda essa questão de maneira frontal. Ele dedica os capítulos 12 e 13 para demolir essa mentalidade equivocada, ensinando que o Espírito Santo distribui dons como lhe apraz, e não segundo o mérito humano. Ele nos lembra que o batismo com o Espírito Santo não é um evento para alguns poucos "super-crentes", mas a experiência comum a todos os que creem.
"Pois em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito." (1 Coríntios 12:13, NAA)
Aqui, o apóstolo estabelece um fundamento teológico inegociável: a unção do Espírito é a base de nossa unidade, e não a causa de nossa divisão. O batismo no Espírito Santo é o que nos insere no corpo de Cristo, independentemente de nossa origem, status social ou da manifestação de dons.
A exaltação de certos dons, no entanto, corrompe essa verdade. Ela transforma a diversidade, que é um dom de Deus, em um pretexto para o orgulho e a exclusão. Paulo combate essa distorção ao apresentar a igreja como um corpo composto de muitos membros, cada um com sua função indispensável. A mão não pode dizer ao pé: "Não preciso de você." Da mesma forma, o olho não pode dizer à orelha: "Não preciso de você." (1 Coríntios 12:21).
O ápice da correção de Paulo está no capítulo 13, o "hino ao amor". Ele mostra que, sem o amor, os dons espirituais mais impressionantes se tornam mero barulho, um "címbalo que retine" (1 Coríntios 13:1). A busca por dons espetaculares sem a primazia do amor é a raiz de toda discriminação espiritual. É a exaltação da experiência em detrimento do fruto do Espírito, que é o verdadeiro sinal da maturidade cristã.
A herança da Igreja de Corinto, lamentavelmente, ainda se faz presente em nossos dias. Onde a unção do Espírito Santo é reduzida a um selo de aprovação para um pequeno grupo, e os demais são relegados a uma espiritualidade de "segunda classe", a igreja se afasta de sua verdadeira identidade. A igreja saudável é aquela que valoriza cada membro, que reconhece a beleza da diversidade de dons e que, acima de tudo, prioriza o amor mútuo. Somente quando a unção promove a unidade, e não a divisão, é que a Igreja cumpre sua vocação de ser o corpo de Cristo na Terra, glorificando a Deus com um testemunho genuíno de amor e graça.
Parte 1: O Que É Discriminação Espiritual e Sua Presença na Igreja Primitiva
A discriminação espiritual no contexto eclesiástico é a criação de uma hierarquia informal dentro da comunidade de fé, onde o valor de um cristão é medido por suas experiências espirituais ou pela manifestação de dons específicos. Não se trata de uma avaliação sobre a maturidade ou santidade de alguém, mas sim de um julgamento baseado em critérios humanos e subjetivos sobre a atuação do Espírito Santo. Essa mentalidade distorcida eleva alguns membros a um patamar de "elite espiritual" enquanto marginaliza outros, rotulando-os como menos abençoados ou "carnais".
Essa semente de divisão, lamentavelmente, não é uma novidade. Ela já germinava na igreja de Corinto, uma comunidade vibrante e cheia de dons, mas também marcada por sérios problemas de imaturidade e conflito. Como Paulo relata em suas cartas, os coríntios se sentiam superiores uns aos outros por causa da manifestação de dons mais espetaculares, como o falar em línguas e a profecia. A manifestação pública e audível desses dons era vista como um selo de aprovação divina, um atestado de maior espiritualidade que superava a fé simples e a serviço silencioso de outros.
Paulo confronta essa mentalidade diretamente, lembrando-os que a verdadeira espiritualidade não se mede por uma exibição de poder, mas pela humildade e pelo amor. Ele afirma que o Espírito distribui os dons soberanamente, com o propósito de edificar o corpo, e não de alimentar o orgulho individual:
"Ora, a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um, pelo Espírito, é concedida a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro, a operação de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento de espíritos; a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação de línguas." (1 Coríntios 12:7-10, NAA)
É crucial notar que a lista de Paulo não é uma hierarquia de importância, mas uma demonstração da diversidade do corpo de Cristo. O apóstolo desmantela qualquer tentativa de classificar os dons, mostrando que todos são essenciais para o funcionamento do corpo. A mão não é mais importante que o olho, nem o ouvido é mais importante que o pé. Todos os membros, inclusive aqueles que parecem menos visíveis, são indispensáveis.
Essa busca por superioridade, no entanto, não estava restrita apenas à igreja de Corinto. A ambição de ser "o maior" já havia se manifestado até mesmo entre os doze discípulos de Jesus. O pedido de Tiago e João para se sentarem à direita e à esquerda de Cristo em sua glória, conforme registrado em Marcos 10:35-45, revela a mesma inclinação humana por destaque e poder. Naquela ocasião, Jesus ensinou que o verdadeiro modelo de grandeza é o serviço e a humildade, e não a posição de destaque ou o poder.
"Mas Jesus, chamando-os para junto de si, lhes disse: 'Vocês sabem que os que são considerados governantes dos gentios dominam sobre eles, e os seus grandes exercem autoridade sobre eles. Mas, entre vocês, não será assim. Pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vocês, que se faça o servo de vocês; e quem quiser ser o primeiro entre vocês, que se faça o escravo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.'" (Marcos 10:42-45, NAA)
O teólogo John Calvin, ao comentar sobre a vaidade humana, observou que nossa natureza caída nos leva a buscar a superioridade em todas as áreas, inclusive na religião. A busca por dons espetaculares para se sentir superior é, no fundo, uma manifestação do orgulho humano. Por isso, a correção de Paulo é tão relevante para nós hoje. A espiritualidade bíblica e reformada não valoriza a exaltação individual, mas a edificação mútua e a unidade do corpo de Cristo, onde cada membro, independentemente de seus dons, é valorizado e amado pelo que é em Cristo. A verdadeira unção se manifesta em um espírito de serviço, e não de superioridade.
Parte 2: Poder de Deus ou Espírito do Engano?
A busca por manifestações sobrenaturais é uma característica inerente à fé cristã, afinal, cremos em um Deus que opera milagres e se revela de maneiras extraordinárias. No entanto, o fascínio pelo poder de Deus pode, ironicamente, abrir a porta para o engano e a distorção. Surge a pergunta fundamental: será que toda manifestação de poder, todo sinal e prodígio, vem realmente do Espírito Santo? A Bíblia nos adverte com clareza que a resposta é não.
A Escritura nos alerta veementemente que o poder, por si só, não é a prova definitiva da aprovação divina ou da verdadeira espiritualidade. Jesus, em um dos seus mais solenes e assustadores discursos, revelou que muitos se apresentarão a Ele no dia do juízo, ostentando um currículo de feitos sobrenaturais:
"Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor!' entrará no Reino dos Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos, naquele dia, dirão a mim: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? E não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?' Então lhes direi claramente: 'Nunca os conheci. Afastem-se de mim, vocês que praticam a iniquidade.'" (Mateus 7:21-23, NAA)
Este texto é um divisor de águas. Ele nos ensina que o critério de avaliação de Deus não são os dons ou as manifestações de poder, mas a obediência e a prática da justiça. É possível realizar milagres em nome de Jesus, expulsar demônios e profetizar, e ainda assim não ter um relacionamento genuíno com Ele. Isso nos força a examinar nossas motivações: estamos buscando a Deus ou o poder que Ele pode nos dar?
O apóstolo Paulo ecoa essa advertência em sua segunda carta aos Tessalonicenses, ao falar sobre o "homem da iniquidade". Ele descreve a chegada desse personagem com sinais e maravilhas falsos, que operam com um poder enganoso:
"A vinda desse iníquo é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e prodígios da mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos." (2 Tessalonicenses 2:9-10, NAA)
O "poder, sinais e prodígios da mentira" demonstram que Satanás também pode imitar os milagres divinos para enganar aqueles que não amam a verdade. O problema, portanto, não é a manifestação sobrenatural em si, mas a sua origem e propósito. A Bíblia nos convida a discernir, a testar os espíritos e a não nos deixarmos impressionar apenas pelos efeitos externos, mas a buscar o fruto do Espírito, que é o verdadeiro selo de um coração transformado.
A dolorosa consequência dessa busca desenfreada por poder e manifestações espetaculares é que muitos crentes têm sido humilhados e menosprezados por não se encaixarem nesse padrão. Pessoas que servem a Deus fielmente em silêncio, que manifestam o fruto do Espírito (amor, alegria, paz, paciência, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio), mas que não falam em línguas ou não têm "ministérios de poder", são frequentemente vistas como de "menor espiritualidade" ou "crentes de segunda classe". Essa atitude é, no mínimo, uma contradição com o Evangelho e, no máximo, um reflexo do espírito do engano, que nos leva a valorizar o espetáculo em detrimento da santidade. A verdadeira unção se manifesta em uma vida que reflete o caráter de Cristo, não em uma lista de feitos sobrenaturais.
Parte 3: O Medo da Exclusão e a Falsa Espiritualidade
A discriminação espiritual dentro da igreja gera um ambiente de pressão e insegurança. Crentes sinceros, mas que não se encaixam no molde de uma espiritualidade baseada em manifestações espetaculares, passam a sentir-se inadequados. O medo da exclusão se torna um motivador poderoso, levando muitos a adotar comportamentos que não são genuínos. É um fenômeno doloroso: pessoas que amam a Deus começam a fingir dons ou a imitar manifestações espirituais apenas para serem aceitas e não serem rotuladas como "crentes de segunda classe".
Essa imitação, no fundo, é um reflexo da nossa natureza caída, que busca a aprovação humana em vez da aprovação divina. Em ambientes onde a manifestação de dons é supervalorizada, o crente é levado a acreditar que a falta de uma "unção visível" é um sinal de sua carnalidade ou de um relacionamento deficiente com Deus. Para evitar a humilhação e o isolamento, ele pode se sentir compelido a forçar um "falar em línguas", a chorar copiosamente ou a cair no chão, não por uma obra espontânea do Espírito Santo, mas por uma necessidade desesperada de pertencimento. Essa dinâmica cria uma falsa espiritualidade, onde a aparência externa esconde um coração inseguro e, muitas vezes, vazio.
A perspectiva reformada nos lembra que a salvação é pela graça, mediante a fé em Cristo, e não por nossas obras ou experiências. O selo do Espírito Santo não é um prêmio para os mais espirituais, mas a garantia divina para todo aquele que crê. O apóstolo Paulo, em sua carta aos Efésios, deixa isso claro:
"Nele, depois de ouvirem a palavra da verdade, o evangelho da salvação, tendo nele também crido, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa." (Efésios 1:13, NAA)
Este versículo é uma âncora de segurança. Ele nos ensina que o selo do Espírito Santo é recebido no momento em que cremos no Evangelho. Não é um "segundo batismo", um upgrade espiritual ou uma experiência mística reservada para poucos. É a marca de Deus sobre a vida de cada crente verdadeiro, a prova de que somos propriedade dEle e a garantia de nossa herança eterna. A presença do Espírito Santo não está condicionada a uma performance espiritual, mas é um dom gratuito e inegociável da graça de Deus.
A igreja, portanto, deve ser um lugar de acolhimento e liberdade, onde os crentes são encorajados a crescer no conhecimento de Deus e a manifestar os dons que lhes foram dados, sem pressão ou julgamento. O pastorado deve se opor veementemente à cultura da "performance espiritual", ensinando que a verdadeira unção se manifesta no caráter de Cristo e no serviço humilde, e não na ostentação de dons. Quando uma comunidade de fé se baseia nessa verdade bíblica, ela se torna um ambiente seguro onde cada membro, independentemente de suas experiências, pode se sentir valorizado, amado e aceito pelo que é em Cristo Jesus. A falsa espiritualidade é desmascarada, e o medo da exclusão é substituído pela segurança da aceitação em Cristo.
Parte 4: O Orgulho Espiritual e as Divisões na Igreja
A distorção do batismo com o Espírito Santo não apenas cria uma hierarquia espiritual, mas também cultiva um terreno fértil para o orgulho espiritual. Crentes que se consideram "mais cheios do Espírito" ou "mais ungidos" podem desenvolver uma visão de si mesmos que os coloca acima de seus irmãos e, por extensão, acima da liderança pastoral. Sentindo-se mais capacitados e com uma "revelação" superior, esses indivíduos frequentemente se tornam uma fonte de divisão e conflito.
Esse orgulho se manifesta de diversas formas, todas elas destrutivas para a comunhão. Alguns começam a questionar a autoridade pastoral, acreditando que a unção pessoal lhes confere um conhecimento e um discernimento que o pastor não tem. A rebelião contra a liderança instituída é um fruto amargo dessa mentalidade. Em vez de se submeterem aos seus líderes, como a Bíblia ensina (Hebreus 13:17), eles os desafiam publicamente, minando a confiança da congregação e semeando a discórdia.
O resultado mais trágico é a divisão de congregações. Pessoas que se sentem espiritualmente superiores acabam formando seus próprios grupos, ou até mesmo fundando novas igrejas, sob o pretexto de estarem "buscando uma espiritualidade mais profunda" ou "libertando-se do jugo da tradição". O que começa com um sentimento de superioridade, muitas vezes, termina no abandono de relacionamentos e na criação de feridas profundas no corpo de Cristo.
Essa atitude de superioridade é diametralmente oposta ao que a Bíblia ensina sobre a verdadeira obra do Espírito Santo. O Espírito não nos é dado para nos inflar de orgulho, mas para nos capacitar a amar e servir. O verdadeiro sinal da Sua presença não é o poder ou o conhecimento místico, mas o fruto do Espírito, conforme descrito por Paulo aos Gálatas:
"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei." (Gálatas 5:22-23, NAA)
Note que a lista de Paulo não inclui profecia, línguas ou curas. O fruto é o caráter de Cristo sendo reproduzido em nós. O amor, a paz e a longanimidade são qualidades que promovem a unidade, a reconciliação e a submissão, e não a divisão e a rebelião. Um crente verdadeiramente cheio do Espírito Santo não é aquele que se destaca pela sua capacidade de realizar feitos sobrenaturais, mas aquele que se destaca pela sua humildade, mansidão e serviço.
A reforma protestante nos lembrou que a autoridade máxima é a Bíblia, e a salvação é pela graça, pela fé somente em Cristo. Da mesma forma, a verdadeira unção do Espírito Santo é um dom para a edificação da Igreja e para a glória de Deus, não para a exaltação do ego humano. O espírito de divisão é a prova mais clara de que a unção que alguns reivindicam não vem do Espírito de Deus, mas de um coração dominado pelo orgulho e pelo engano. A cura para essa ferida é o retorno à Palavra, à humildade de Cristo e à busca sincera do fruto do Espírito, que nos une em amor, em vez de nos separar em facções.
Conclusão: A Unidade do Corpo na Plenitude do Espírito
Chegamos ao ponto crucial de nossa reflexão. A unção do Espírito Santo, que deveria ser a força motriz da unidade e do amor na igreja, tem sido, em muitos casos, distorcida e usada como uma ferramenta de divisão. A busca por uma espiritualidade de elite, a falsa espiritualidade impulsionada pelo medo da exclusão e o orgulho que leva à rebelião são todos sintomas de uma compreensão equivocada sobre a pessoa e a obra do Espírito Santo.
É tempo de a igreja de Cristo retornar à Palavra de Deus e reassumir a sua verdadeira identidade. A cura para essa dolorosa herança da discriminação espiritual não está em anular os dons, mas em colocá-los no lugar que lhes é devido: como manifestações da graça de Deus para a edificação mútua, e não como medalhas de honra para a exaltação individual. O batismo com o Espírito Santo não é um selo de superioridade, mas a marca de que pertencemos a Cristo, e essa marca nos une, e não nos separa.
Portanto, somos chamados à unidade do corpo de Cristo. Essa unidade não significa uniformidade, mas a valorização de cada membro, com seus dons únicos e sua função indispensável. A igreja que honra a diversidade dos dons, da mesma forma que o apóstolo Paulo ensinou, é a que reflete a beleza e a sabedoria de Deus. Que o pastorado seja diligente em valorizar o serviço humilde e fiel, tanto quanto as manifestações públicas, e que a comunidade de fé aprenda a amar e aceitar todos os seus membros, independentemente de suas experiências espirituais.
Rejeitamos, com firmeza, qualquer doutrina ou prática que promova a discriminação espiritual. O único critério de nossa espiritualidade é o caráter de Cristo sendo formado em nós, manifestado no fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Somente quando a unção do Espírito se traduz em mais amor, mais humildade e mais serviço, a Igreja cumpre sua vocação. Que sejamos um povo unido, não por experiências espetaculares, mas pela glória de Cristo, que nos amou e se entregou por nós, para que, juntos, sejamos um só corpo Nele.
Com amor fraternal!
Pr. Kleiton Fonseca
Soli Deo Gloria.